E lá se foram elas de ônibus pois eram pobres e não tinham carro para chegarem mais rápido ao hospital, sua mãe muito preocupada pois sua filha já não reclamava mais de dor pois estava sem forças para isso. Seu corpinho parecia desfalecido estava sem rubor nas bochechas e seu corpinho pequeno queimava em febre.
Chegando ao hospital, foi logo para o pronto socorro onde seria atendidas imediatamente (naquela época o sistema de saúde ainda era melhor do que temos hoje), então quando o médico chamou e viu a menina logo percebeu q algo não estava bem e fazendo as perguntas e exame clínico percebeu que poderia ser algo grave pois naquele ano de 1974 estava tendo uma epidemia de meningite,sendo assim resolveu pedir um exame específico para diagnosticar com exatidão a causa da febre e dores na nuca. Então levaram sua mãe e menina pro local da coleta de liquor por punção lombar. Quando a menina viu o tamanho d agulha se desesperou a chorar e ao introduzirem a agulha desmaiou pela dor e medo. Que momento tenso ao ver uma filha nessa situação, então esperaram o resultado do exame com muita preocupação. Resultado na mão constatou-se q a menina estava com meningite do tipo C (dizem ser a mais fraca,mas também mata), sua mãe foi informada que a menina ficaria internada e que ela poderia voltar pra casa pois não adiantaria que ficasse no hospital naquele momento. Então ela foi embora e no dia seguinte qdo voltou sua menina não estava mais naquele hospital,sua mãe ficou desesperada e lhe informaram que ela havia sido transferida para o Hosp.Emílio Ribas que tratava especificamente daquele caso. A menina no momento da transferência não entendia nada do que estava acontecendo e chorava em silencio imaginando que sua mãe não queria mais ela e junto que junto com outras crianças também doentes estariam sendo abandonadas por mães que não gostassem mais deles (cabeça de criança é fogo). E assim chegou em um lugar muito grande com muitas pessoas de branco e o lugar cheirava estranho mas era tudo muito claro e limpo. Foi para um quarto com mais 3 crianças e da cama dela tinha uma janela grande onde dava pra ver muitos carros e também observava as pessoas andando lá fora. Imaginou que uma daquelas pessoas poderia ser sua mãe ou pai e começou chorar pedindo por eles,então veio uma mulher de roupa branca e disse que a mamãe logo viria vê -la. Passou muitas horas quando viu da janela da porta seu pai e sua avó dando tchauzinho e mostrando um embrulho. Era um presente...um linda boneca com um vestidinho curto e tinha pernas grossas e bochechas grandes e sua boquinha parecia estar dando um beijinho. Que felicidade ganhar aquela bonequinha supriu a falta que sua mãe fazia e em todo tempo sua boneca a acompanhava. Foram dias longos e alguns dias foram divertidos pois tinha um salão enorme onde se podia assistir TV e brincar com outras crianças na mesma situação e num desses dias brincou com o caminhão cegonha de um amiguinho e trocaram de brinquedos...foi muito divertido brincar com ele. Foram dias intensos com muitas pessoas de branco,injeções remédios até que um dia deram a ela um suco de limão e disseram que ela já poderia comer e beber o que quisesse e que a mamãe viria busca-la para levar pra casa. Que alegria ao ouvir aquilo então ficou ansiosa até que a mamãe chegou para busca-la colocou nela uma sainha de trico que ela fez para a menina e quando saiu pela porta do hospital viu o carro do Tio Anísio com seu pai e sua avó dentro esperando por ela,sentiu novamente que era amada e não mais a rejeição que a doença causou nela. Foi deitada de bruço no colo dos pais pois as injeções ainda doía muito. Essa menina cresceu virou uma mulher forte que hoje é mãe de dois lindos meninos. Que ama a vida e sua família e em principal de sua mãezinha que tanto fez por ela.
Conclusão:
Sou grata a Deus por resgatar minha vida e hoje estar aqui para contar esse história. Impossível não perceber o quanto Deus existe e ver seus milagres...afinal EU sou um milagre de Deus!!!
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